Países do BRICS reagem à ameaça de tarifas feitas por Trump

Após o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sinalizar a possibilidade de aplicar uma tarifa extra de 10% a países que apoiem o BRICS, representantes das nações integrantes do bloco reagiram de forma firme às declarações.

Rússia, China, África do Sul e outros países membros ou simpatizantes do grupo criticaram publicamente a postura do ex-presidente americano. As autoridades desses países classificaram a ameaça como uma tentativa de coerção econômica e um retrocesso nas relações comerciais internacionais.

A China destacou que a cooperação entre países emergentes deve ser baseada em respeito mútuo e equilíbrio, e que medidas unilaterais como essa enfraquecem o sistema de comércio global. Já a Rússia reforçou que não aceitará imposições e reafirmou seu compromisso com a ampliação do bloco, que nos últimos anos tem atraído o interesse de outras nações.

O grupo BRICS, atualmente formado por Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul e novos membros como Egito, Irã e Etiópia, busca fortalecer alianças políticas e econômicas entre países em desenvolvimento, como alternativa ao domínio ocidental nas instituições financeiras e comerciais internacionais.

As falas de Trump, feitas em meio a sua pré-campanha presidencial, aumentaram a tensão diplomática e provocaram incertezas no mercado. Analistas avaliam que, caso as tarifas se concretizem, podem desencadear uma nova onda de conflitos comerciais, afetando cadeias produtivas e parcerias estratégicas ao redor do mundo.