Goiás em alerta: caso de febre amarela em macaco reforça a necessidade da vacinação

A confirmação de febre amarela em um macaco encontrado morto em Abadia de Goiás colocou o estado em alerta. Autoridades de saúde intensificaram os esforços de imunização, especialmente em áreas rurais e consideradas de maior risco.

Apesar de não haver registro de casos humanos no estado neste ano, macacos infectados sinalizam a presença do vírus na região — os biológos os chamam de “sentinelas naturais”. Os mosquitos silvestres são os principais transmissores da doença, que pode evoluir rapidamente e ser fatal.

A situação motivou ações adicionais da Secretaria de Saúde de Goiás, como a intensificação da busca ativa por pessoas não vacinadas, particularmente em localidades de difícil acesso. A cobertura vacinal atual está em cerca de 72%, ainda abaixo da meta nacional de 95%.

A vacina contra a febre amarela já está incluída no calendário de imunização infantil: uma dose aos 9 meses e reforço aos 4 anos. Para quem tem entre 5 a 59 anos sem registro da vacina, uma dose única é suficiente para garantir a proteção.

Apesar da vacina proporcionar imunidade eficaz e segura, existem exceções para sua aplicação, como em pessoas com alguma forma de imunossupressão grave ou alergia a componentes da vacina. Já para viajantes que planejam destinos com risco de transmissão, recomenda-se receber a dose com pelo menos 10 dias de antecedência — prática também válida para quem vai visitar regiões com circulação ativa do vírus.