Após crise com assessor de vereador, procurador da Câmara de Goiânia deixa o cargo
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Foto: Vereador Sargento Novandir Rodrigues.
O procurador-geral da Câmara Municipal de Goiânia, Kowalsky Ribeiro, deixou oficialmente o cargo após um episódio que gerou uma crise institucional dentro do Legislativo. O caso teve início no dia 5 de maio, quando Kowalsky se envolveu em uma acalorada discussão com o chefe de gabinete do vereador Sargento Novandir Rodrigues (MDB), no estacionamento da Casa.
Segundo relatos, a confusão começou quando o motorista do vereador estacionou por alguns minutos na vaga reservada ao procurador. Sérgio permaneceu no local com o carro ligado, pronto para tirá-lo caso fosse necessário. No entanto, Kowalsky teria se aproximado de forma agressiva, iniciando uma discussão com o assessor. Durante o desentendimento, o procurador teria sacado uma arma e, segundo a acusação, apontado em direção ao servidor. O vereador afirmou em plenário que recebeu uma ligação do assessor desesperado, dizendo que a arma chegou a ser colocada em seu peito.
Diante da repercussão do caso e da pressão de vereadores, Kowalsky pediu exoneração do cargo no dia 8 de maio. Ele alegou que a decisão foi tomada de forma voluntária, com o objetivo de permitir que as investigações internas sejam conduzidas de maneira imparcial. Em nota, declarou ainda que é favorável à abertura de processo administrativo disciplinar e que irá recorrer à Justiça para se defender das acusações, as quais nega veementemente. Segundo ele, a arma nunca foi sacada nem utilizada para ameaçar ninguém, e o objeto teria permanecido apenas preso à sua cintura.
Já o vereador Sargento Novandir sustenta que a atitude do procurador representou uma ameaça direta e que não se trata de um mal-entendido. Para ele, a segurança dos servidores e o respeito institucional foram violados, exigindo uma resposta firme por parte da Câmara.
A presidência do Legislativo informou que os fatos estão sendo apurados internamente, e um procedimento administrativo será instaurado. A Ordem dos Advogados também acompanha o caso e avalia possíveis sanções disciplinares.
O caso segue repercutindo nos bastidores da Câmara e reacende debates sobre postura, segurança e limites de atuação de autoridades dentro de órgãos públicos.